sábado, 24 de janeiro de 2009

22/01/2009 - 11:02

Battisti: criminoso ou bode expiatório?

Por Luis Nassif

Tempos atrás sugeri, aqui, uma discussão mais técnica sobre as acusações que pesavam sobre Cesare Battisti, o refugidado italiano que o governo brasileiro conferiu o direito de asilo.

No Valor de hoje, a Maria Inês Nassif mostra o inquérito a partir do relato de Battisti em seu livro. Há elementos fortes que, se comprovados, indicariam uma ampla manipulação do inquérito. O Contardo Calligaria também bate nessa tecla,da delação premiada, mas traz outros elementos sobre os anos de chumbo da Itália (clique aqui)

http://www.google.com/notebook/public/03904464067865211657/BDSKNSgoQnoLO8O8j

1. Battisti teria se desligado do grupo dos PAC, quando ele aderiu ao terrorismo.

2. Nas investigações, houve a oferta da delação premiada aos membros do grupo que foram presos. O grupo teria se valido da oportunidade para se livrar de penas maiores, imputando a autoria ao membro que havia se desligado.

Confiram o artigo e, depois, se houver argumentos que o contradigam, que apresentem, para esquentar e tornar objetiva a discussão.

Do Valor Econômico

Um bode expiatório conveniente à Itália

Maria Inês Nassif
22/01/2009

A história que resultou na condenação de Cesare Battisti à prisão perpétua pela justiça italiana em 1993 poderia ser o roteiro de um de seus romances policiais, se não tivesse transformado o próprio escritor num cavaleiro errante. Pelos fatos que levaram à sua condenação, o ministro da Justiça, Tarso Genro, certamente não cometeu nenhuma heresia ao conceder a Battisti o status de refugiado político. “Um dos fundamentos muito próximos do diferimento do refúgio político é de que se o condenado teve direito à defesa. O Estado italiano alega que sim. Na avaliação que nós fizemos do processo, ele não teve direito à ampla defesa”, afirmou o ministro, justificando a sua decisão.

Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif

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